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Empreendedorismo: Sustentabilidade e Inovação no Brasil

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O ano de 2017 é marcado por uma data bastante significativa para o meio empresarial e acadêmico. Completa a sua décima edição um dos mais importantes prêmios nacionais de reconhecimento de ações de empreendedorismo sustentável: o Prêmio Ozires Silva.

Não seria possível que a Cátedra Ozires, que compartilha com o Prêmio o valoroso nome do homenageado, deixasse passar em branco essa edição. Surgiu então a ideia de um livro. Nada mais adequado, considerando o perfil do Dr. Ozires. Em todas as suas manifestações públicas, ou naquelas da intimidade de nossas conversas, sempre ficou clara a sua absoluta crença de que a transformação da nossa sociedade passa pela educação.

A Cátedra Ozires Silva, desde o começo de suas atividades sempre acreditou que os elementos centrais de sua atuação deveriam ser a criação e disseminação de conhecimentos sobre os temas, de modo que pudesse maximizar as chances dos novos empreendedores. Sabia-se, desde o início, que uma missão tão audaciosa necessitaria de muitos “sábios” (como gosta de falar o Dr. Ozires) e isso somente seria possível por meio da construção uma rede de organizações envolvidas direta ou indiretamente com as temáticas de empreendedorismo e inovação com foco na sustentabilidade. Foi lançada em Curitiba em 08 de fevereiro de 2011, durante a cerimônia de premiação do IV Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável.

Então, esta obra é resultado dessa diversidade de organizações envolvidas. O leitor poderá perceber na diversidade de estilos de escrita, pois não queríamos impor condições, queríamos apresentar ideias sábias analisadas por sábios.

A estrutura do livro foi baseada nas edições do Prêmio. Assim, para cada capítulo, foi escolhido um case premiado naquele ano, que serviu como apoio ao texto científico. A “cereja do bolo” está na terceira parte do capítulo, a participação do próprio Dr. Ozires Silva. Ter a grande referência do empreendedorismo nacional participando da obra lhe confere um nível credibilidade elevado. Ozires Silva, que nomeia o Prêmio e a Cátedra, do alto da lucidez que suas 8 décadas lhe atribuem, oferece opiniões convictas e assertivas que temos o prazer compartilhar com os leitores.

O Capítulo 1 – Integridade, Sustentabilidade e Governança Corporativa na estratégia, de Juliana Oliveira Nascimento, traz as implicações de aderir ao Pacto Global da ONU na integridade, sustentabilidade e governança corporativa, culminando em impactos significativos na estratégia das organizações. Como pano de fundo o case do Programa DNA Copacol.

No Capítulo 2 – Responsabilidade Social Empresarial: organizações assumindo um novo papel na Sociedade, John Jackson Buettgen trata da tendência de interferência mais efetiva das organizações empresariais na realidade das sociedades nas quais estão inseridas, como contraprestação pelos recursos consumidos. Faz uma análise das motivações e dos dilemas da RSE e da relação das organizações com o Estado. O Projeto Ecopostal, dos Correios serviu como demonstração de que isso é possível.

Já no Capítulo 3 – Empreendedorismo e Sustentabilidade: o caso da Incubadora PTI, Maíra Oliveira Ruggi e Elza Aparecida de Oliveira Filha discorrem sobre o empreendedorismo sustentável, com enfoque principal no pilar ambiental e a importância do empreendedorismo neste contexto. Como case ilustrativo foi abordada a iniciativa do Parque Tecnológico de Itaipu, um dos ganhadores da 3ª edição do Prêmio Ozires Silva. O projeto versa sobre a conscientização do empreendedorismo e conservação do meio ambiente, por meio da geração de novas empresas.

No Capítulo 4 – Comércio justo e solidário e a difusão da cultura brasileira, Cleverson Renan da Cunha, duas perspectivas do mercado solidário, uma ligada ao fornecimento sustentável e outra ao consumo consciente. O destaque fica por conta da percepção de que essas novas práticas é a tentativa de realizar intercâmbios comerciais em uma relação ganha-ganha entre produtores e consumidores. O Projeto Terra, uma empresa que comercializa produtos artesanais feitos por artesãos brasileiros, ampara o capítulo.

Elaine Cristina de Andrade e Patricia Charvet, no Capítulo 5 – Inovação: o que é o como podemos integrá-la à Educação? apresentam alguns conceitos, tipos e modelos de inovação e como é possível integrar inovação à educação. O estudo de caso do Mostra Inova do Senai e Sesi mostra que a aplicação de uma metodologia com foco na aprendizagem colaborativa, integrando a teoria e a prática na resolução de problemas com inovação, traz resultados expressivos à aprendizagem.

O Capítulo 6: O caso da Sofhar e o software P3G, de autoria de Luciano Minghini, apresenta um software desenvolvido pela empresa paranaense Sofhar, que permite a criação de indicadores e o gerenciamento de resultados sustentáveis para sistemas de produção e gestão de empresas. A ideia central é demonstrar a influência da tecnologia sobre as práticas e os resultados sustentáveis de indivíduos, organizações ou países.

Fernando Antonio Prado Gimenez, no Capítulo 7 – Projeto Eu que fiz Selecta: Os seis Ps do empreendedorismo em ação, apresenta um pouco do que se sabe sobre o empreendedorismo, a partir de um conjunto de estudos e reflexões que foram feitos ao longo dos anos por muitos pesquisadores. Ilustra essas reflexões com o projeto “Eu que Fiz” Selecta, da empresa catarinense Duas Rodas, uma experiência empreendedora com o objetivo de estimular mulheres em condições menos favorecidas a tornarem-se empreendedoras e, assim, transformarem suas vidas e de seus familiares.

No Capítulo 8 – Vale ou não vale? Gustavo Fanaya apresenta a necessidade de valoração dos ativos naturais, como uma nova régua mais ampla do que o restritivo PIB. Uma régua para uma dimensão macroeconômica, capaz de inserir os ativos ecológicos nas medições do desenvolvimento sustentável, o que certamente demanda uma revisão radical dos valores éticos da sociedade. O case da Reserva Natural Vale serve como elemento prático apresentado pelo autor.

Nicole Maccali e Ricardo Pimentel contribuem com o Capítulo 9 – A educação empreendedora na construção de um país sábio: o projeto “CEBRAC Oficinas Empreendedoras”. Nele os autores discutem como “transformação” é a palavra chave da educação. Tornar os indivíduos protagonistas de seu próprio destino. Com base nisso não possível imaginar uma educação que não promova a transformação da maneira que as pessoas agem, pensam e se expressam, e principalmente da forma que elas interagem e constroem coletivamente o mundo em que vivem: a educação é um ato criativo individual e coletivo.

O Capítulo 10 – Transformar a sociedade pelo empreendedorismo e inovação para chegar à sustentabilidade, de Carmem Murara segue uma lógica diferente. A ideia central desse capítulo é apresentar a visão de atores, que ao longo dos 10 anos do Prêmio Ozires Silva apoiaram, contribuíram e participaram dessa iniciativa. Esse projeto que nasceu com uma missão: reconhecer o valor de ideias que produziram iniciativas exitosas e transformadoras do empreendedorismo sustentável nacional.

Concluído o texto do livro, ele precisaria se transformar em uma realidade tátil. Aqui entrou a rede que compõe a Cátedra e que financiou a produção do livro. Cabe um agradecimento muito especial a José Antonio Fares, Superintendente do Sesi e IEL no Paraná e Diretor Regional do Senai no Paraná.

Para finalizar, esperamos que esta obra não sirva apenas como um marco comemorativo dos 10 anos do Prêmio Ozires Silva, mas que também possa amparar a cultura empreendedora e sustentável de nossa nação “verde e amarela”. Boa leitura a todos!

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